Resumo ->Em Itaguaí morava Simão Bacamarte, um grande estudioso de medicina, o maior médico do Brasil. Casou-se com D.Evarista que não tinha nenhum atributo de beleza, mas tinha todas as chances de dar a Dr. Simão filhos robustos e inteligentes. No entanto não aconteceu. Mesmo depois de dietas e ações médicas realizadas por Dr.Simão os filhos não chegaram. Ele então se dedicou ao estudo da medicina e dentro dela se interessou pela neurologia, estudando assim a sanidade e a loucura humana.
Foi então que pediu licença ao governo de Itaguaí para constriur uma residência onde os loucos da cidade se instalariam e seriam tratados favorecendo também o estudo de tal doença. D.Evarista tentou desiludi-lo inventado uma viagem ao Rio de Janeiro, mas ele não cedeu.
Foi então que pediu licença ao governo de Itaguaí para constriur uma residência onde os loucos da cidade se instalariam e seriam tratados favorecendo também o estudo de tal doença. D.Evarista tentou desiludi-lo inventado uma viagem ao Rio de Janeiro, mas ele não cedeu.
Assim foi inaugurada a Casa Verde. D. Evarista na semana de festa da inauguração era como uma rainha, mas depois começou o trabalho e Dr. Simão dedicava-se ao estudo dos seus loucos arduamente, e assim, passaram-se dois meses e D. Evarista sentia-se uma desgraçada e logo caiu em melancolia. O marido, a fim de tirá-la desse estado, concedeu-a uma viagem ao Rio de Janeiro. Acompanhando-a foi a tia e a mulher do boticário, amigo íntimo de Simão, e toda uma comitiva.
Dr. Simão estudava mais ainda e se dedicava. Foi então que começou o terror em Itaguaí, foi levado à Casa Verde, Costa. Ele havia recebido uma herança que dava-lhe para viver até “o fim da vida”, mas gastou-a toda em empréstimos aos outros indo para a miséria.Todos surpreenderam-se com a prisão de Costa, já que esse era um homem são. Quando a prima foi pedir pelo primo acabou também sendo levada presa. Depois prenderam Mateus, o homem apenas tinha uma bela casa com um belo jardim a qual vistoriava cedo e à noite repousava para que os outros admirassem a ele e a casa.
Dr. Simão estudava mais ainda e se dedicava. Foi então que começou o terror em Itaguaí, foi levado à Casa Verde, Costa. Ele havia recebido uma herança que dava-lhe para viver até “o fim da vida”, mas gastou-a toda em empréstimos aos outros indo para a miséria.Todos surpreenderam-se com a prisão de Costa, já que esse era um homem são. Quando a prima foi pedir pelo primo acabou também sendo levada presa. Depois prenderam Mateus, o homem apenas tinha uma bela casa com um belo jardim a qual vistoriava cedo e à noite repousava para que os outros admirassem a ele e a casa.
A comitiva voltou com D. Evarista e a mulher do boticário. Ela era a esperança da cidade de que Simão parasse com suas prisões. No entanto, em um jantar, um rapaz que discursou glorififcando D. Evarista foi levado preso à Casa Verde. Nesse ponto o povo se revoltara e seguindo ao barbeiro formaram um grupo que gritava contra Dr. Simão e sua Casa Verde.
Chegaram a casa dele gritando a sua morte, pediram a liberdade dos detentos, ao que Simão negou. Foram então para a Câmara, no caminho encontraram as tropas do governo, mas logo esta se pôs ao lado do povo e foram ter com o poder. Esse foi derrubado e o líder da revolta, o barbeiro Porfírio, foi posto no poder. No entanto ação nenhuma foi tomada contra a Casa Verde e mais homens foram encaminhados para lá. João Pina foi ao poder, nisto veio uma força mandada pelo o vice-rei e Porfírio foi levado pra Casa Verde e mais muitos homens. Por fim até a esposa, D. Evarista foi condenada por algum tipo de loucura e levada também.
Depois de algum tempo todos os loucos foram postos fora, e as famílias foram restituidas. Foram então levados à Casa Verde aqueles que “gozavam do perfeito equilíbrio de suas faculdades mentais”. A câmara aprovou o projeto por um ano para realização de experiências.
No fim do tratamento todos foram postos fora e Dr. Simão concluiu que os cérebros bem organizados récem curados eram desequilibrados como os outros e que em cada cérebro havia os dois. Depois de tal conclusão Dr. Simão viu nele o perfeito equílibrio mental e confirmado tais coisas pelas pessoas, se deteu na Casa Verde para estudar-se e morreu ali após dezessete meses. Boatos diziam que o único louco que havia em Itaguaí foi o Dr. Simão Bacamarte.
Chegaram a casa dele gritando a sua morte, pediram a liberdade dos detentos, ao que Simão negou. Foram então para a Câmara, no caminho encontraram as tropas do governo, mas logo esta se pôs ao lado do povo e foram ter com o poder. Esse foi derrubado e o líder da revolta, o barbeiro Porfírio, foi posto no poder. No entanto ação nenhuma foi tomada contra a Casa Verde e mais homens foram encaminhados para lá. João Pina foi ao poder, nisto veio uma força mandada pelo o vice-rei e Porfírio foi levado pra Casa Verde e mais muitos homens. Por fim até a esposa, D. Evarista foi condenada por algum tipo de loucura e levada também.
Depois de algum tempo todos os loucos foram postos fora, e as famílias foram restituidas. Foram então levados à Casa Verde aqueles que “gozavam do perfeito equilíbrio de suas faculdades mentais”. A câmara aprovou o projeto por um ano para realização de experiências.
No fim do tratamento todos foram postos fora e Dr. Simão concluiu que os cérebros bem organizados récem curados eram desequilibrados como os outros e que em cada cérebro havia os dois. Depois de tal conclusão Dr. Simão viu nele o perfeito equílibrio mental e confirmado tais coisas pelas pessoas, se deteu na Casa Verde para estudar-se e morreu ali após dezessete meses. Boatos diziam que o único louco que havia em Itaguaí foi o Dr. Simão Bacamarte.
Crítica -> Para muitos críticos, O Alienista se classifica como uma novela; sem dúvida, levados pelo número de páginas que em algumas edições, chega a mais de oitenta. Outros, conduzidos pela análise íntima da narrativa, classificam-na entre os contos machadianos, no que estão certos.
Já foi dito que o mergulho machadiano na mente de suas personagens, montando um micro-realismo, torna-o cego para questões sociais. No entanto, o presente conto é prova de que no nosso grande escritor o que ocorre é a soma desses dois campos. A personalidade é influenciada por forças sociais; por sua vez, a sociedade é influenciada por razões psicológicas. Dessa forma, podemos entender a literatura machadiana como expressão de problemas psicossociais.
Dentro desse esquema, pode-se até enxergar uma semelhança entre o autor e o protagonista, Simão Bacamarte, pois, como alienista (entende-se por alienista o médico que se especializava em cuidar de problemas ligados à mente, algo como hoje seria o serviço de um psiquiatra), está preocupado em analisar o comportamento dos habitantes da cidade em que está instalado e como a conduta influencia as relações sociais.
O mais interessante é notar aqui o caráter alegórico, ou seja, representativo que a narrativa assume. Tudo se passa em Itaguaí, pequena cidade do interior do Rio de Janeiro, durante o período colonial. Cria-se um clima de “era uma vez, num lugar distante...” Dessa forma, o que se passa nessa localidade é o que no fundo ocorre em toda nossa civilização.
Já foi dito que o mergulho machadiano na mente de suas personagens, montando um micro-realismo, torna-o cego para questões sociais. No entanto, o presente conto é prova de que no nosso grande escritor o que ocorre é a soma desses dois campos. A personalidade é influenciada por forças sociais; por sua vez, a sociedade é influenciada por razões psicológicas. Dessa forma, podemos entender a literatura machadiana como expressão de problemas psicossociais.
Dentro desse esquema, pode-se até enxergar uma semelhança entre o autor e o protagonista, Simão Bacamarte, pois, como alienista (entende-se por alienista o médico que se especializava em cuidar de problemas ligados à mente, algo como hoje seria o serviço de um psiquiatra), está preocupado em analisar o comportamento dos habitantes da cidade em que está instalado e como a conduta influencia as relações sociais.
O mais interessante é notar aqui o caráter alegórico, ou seja, representativo que a narrativa assume. Tudo se passa em Itaguaí, pequena cidade do interior do Rio de Janeiro, durante o período colonial. Cria-se um clima de “era uma vez, num lugar distante...” Dessa forma, o que se passa nessa localidade é o que no fundo ocorre em toda nossa civilização.
Ana Carolina Nemer n° 01