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terça-feira, 20 de setembro de 2011

O alienista ( Resumo e Critica )


Resumo 

O protagonista do livro é Simão Bacamarte, um médico conceituado em Portugal e na Espanha que decide se enveredar pela psiquiatria e inicia um estudo sobre as classificações da loucura e seus graus. Com isso, ele funda a Casa Verde, um hospício na vila de Itaguaí e abastece-o de cobaias humanas. Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa etc... Costa, rapaz pródigo que dissipou seus bens em empréstimos infelizes, foi preso por mentecapto. A tia de Costa que intercedeu pelo sobrinho também foi trancafiada. O mesmo acontece com o poeta Martim Brito, amante das metáforas, internado por que se referiu ao Marquês de Pombal como o dragão aspérrimo do Nada. Nem D. Evarista, esposa do Alienista escapou: indecisa entre ir a uma festa com o colar de granada ou o de safira. O boticário,os inocentes aficcionados em enigmas e charadas, todos eram loucos. No começo a vila de Itaguaí aplaudiu a atuação do Alienista, mas os exageros de Simão Bacamarte ocasionaram um motim popular, a rebelião das canjicas, liderados pelo ambicioso barbeiro Porfírio. Porfírio acaba vitorioso mas em seguida compreende a necessidade da Casa Verde e alia-se a Simão Bacamarte. Há uma intervenção militar e os revoltosos são trancafiados no hospício e o alienista recupera seu prestígio. Entretanto Simão Bacamarte chega á conclusão de que quatro quintos da população internada eram casos a repensar. Inverte o critério de reclusão psiquiátrico e recolhe a minoria: os simples, os leais, os desprendidos e os sinceros. O alienista contudo, imbuído de seu rigor científico percebe que os germes do desequilíbrio prosperam porque já estavam latentes em todos. Analisando bem, Bacamarte verifica que ele próprio é o único sadio e reto. Por isso o sábio internou-se no casarão da Casa Verde, onde morreu dezessete meses depois, apesar do boato de que ele seria o único louco de Itaguaí, recebeu honras póstumas.



Critica     
Pode - se pensar ser mais um livro chato, com linguagem rebuscada, e onde ele mostra a realidade, os problemas e o modo de vida da sociedade e tal. Não deixa de ser, mas se somente olharmos ele desse jeito, bem, você não verá o sol que ali se esconde. é a história de um cientista, Simão Bacamarte, que instala em Itaguaí uma casa para cuidar de pessoas com problemas mentais, e acaba criando teorias sem sentido além de provocar vários problemas para a população. O livro, tem o fato de criticar a ciência e o modo como se cuidava de doentes mentais. Isso é bem aparente, no fato dele ser o tão aclamado cientista que é dono da verdade e que não entende que está cometendo erros. E ele não percebe que fez de tudo pela ciência, chegando mesmo a prender na Casa Verde um bom pedaço de gente. Percebe-se, além disso, o papel fundamental do governo nessas situações. Isso aparece nas intervenções da câmera nos assuntos e interesses de Bacamarte. Além disso o livro possui até um aspecto um pouco revolucionário. Isso ocorre porque o barbeiro queria derrubar a Casa Verde e aliar-se a vários moradores. Entretanto, a parte mais interessante, marcante e que vem a tona no livro, é sem duvida, o humor sarcástico, irônico e inteligente de Machado. Posso estar estragando a melhor parte do livro para você (se quiser então não leia) dizendo isso, mas O Bacamarte chega mesmo a prender a própria e amada mulher no Hospício!  E quando o barbeiro toma o poder e é deposto por outro… barbeiro? veja um trecho:
"Dentro de cinco dias o alienista meteu na Casa Verde cerca de cinqüenta aclamadores do novo governo. O povo indignou-se. O governo, atarantado, não sabia reagir. João Pina, outro barbeiro, dizia abertamente nas ruas, que o Porfírio [o barbeiro que estava no poder] “vendido ao ouro de Simão Bacamarte”, frase que congregou em torno de João Pina a gente mais resoluta da vila. Porfírio, vendo o antigo rival da navalha a testa da insurreição, compreendeu que a sua perda era irremediável, se não desse um grande golpe; expediu dois decretos, um abolindo a Casa Verde, outro desterrando o alienista. João Pina mostrou claramente com grandes frases que o ato de Porfírio era um simples aparato, um engodo, em que o povo não devia crer. Duas horas  depois caía Porfírio ignominiosamente e João Pina assumia a difícil tarefa do governo."
Percebe claramente o humor, pois, ele deve ser o politico que mais rápido caiu, mas do que o João Goulart. Portanto a diferença na linguagem e o fato de existir palavras tão rebuscadas, não é um impedimento aos textos machadianos. Ele pode ser tão legal e divertido, como visto acima, quanto o Dan Brown por exemplo.

Sara Cardoso, 36.


2 comentários:

  1. Crítica fácil de compreender-se, bem expositiva, mas de muito seria válido uma problemática antropologica :3

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  2. Qual a linguagem do livro o Alienista?
    Formal ou coloquial?

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