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terça-feira, 13 de setembro de 2011

resumo do livro o alienista

O Alienista – Machado de Assis (resumo)

A história, que se passa no séc. XlX, retrata a burguesia hipócrita da época, o autor se vale do personagem magnífico — Dr. Simão Bacamarte — médico que irá desenvolver suas teorias a respeito do tratamento da loucura, conhecimento adquirido em sua estadia na Europa.
A ironia de Machado de Assis é notória nesta novela, quando mostra a hipocrisia do ser humano que só pensa em seu próprio prestígio.
Dr. Simão Bacamarte, casado com apática senhoura, consegue da Câmara de Vereadores de Itaguaí, verba para fundar a “Casa de Orates”, ou “Casa Verde”, um hospício onde o sinistro e empertigado médico resolve estudar os limites entre a razão e a loucura, convencendo as autoridades e a população de que estudar este mal era tendência na Europa. Fica então a cidade à revelia deste homem que resolve, por sua conta e risco, julgar quais eram os loucos da cidade e quais os sãos.
Vai internando, um a um, os verdadeiramente doentes que até então eram tratados e cuidados em casa pelos familiares. Aos poucos Simão Bacamarte, num surto surpreendente, resolve que os honestos e os justos eram também loucos. Chega ao ponto de internar quase toda a cidade. Na medida em que vai analisando suas teorias, vai alterando o tratamento dispensado aos pacientes.

Mas a cidade já está desconfiada do médico insano, assim, a reação não tarda e uma revolução armada irá contestar o médico que, acuado, toma resolução inusitada, surpreendente.
Aqui, em O Alienista, o leitor se diverte, ri a valer, mas perceberá a irônica crítica de Machado de Assis à sociedade burguesa daquela época. Um livro gostoso de ler, uma surpresa a cada página, personagens atípicos e crédulos da suposta superioridade européia na medicina da loucura. Tremenda crítica à sociedade que o autor nunca perdia oportunidade de mostrar patética e hipócrita.

CRITICA DO LIVRO O ALIENISTA

O Alienista se classifica como uma novela; sem dúvida, levados pelo número de páginas que em algumas edições, chega a mais de oitenta. Outros, conduzidos pela análise íntima da narrativa, classificam-na entre os contos machadianos, no que estão certos.
Já foi dito que o mergulho machadiano na mente de suas personagens, montando um micro-realismo, torna-o cego para questões sociais. No entanto, o presente conto é prova de que no nosso grande escritor o que ocorre é a soma desses dois campos. A personalidade é influenciada por forças sociais; por sua vez, a sociedade é influenciada por razões psicológicas. Dessa forma, podemos entender a literatura machadiana como expressão de problemas psicossociais.
Dentro desse esquema, pode-se até enxergar uma semelhança entre o autor e o protagonista, Simão Bacamarte, pois, como alienista (entende-se por alienista o médico que se especializava em cuidar de problemas ligados à mente, algo como hoje seria o serviço de um psiquiatra), está preocupado em analisar o comportamento dos habitantes da cidade em que está instalado e como a conduta influencia as relações sociais.
O mais interessante é notar aqui o caráter alegórico, ou seja, representativo que a narrativa assume. Tudo se passa em Itaguaí, pequena cidade do interior do Rio de Janeiro, durante o período colonial. Cria-se um clima de “era uma vez, num lugar distante...” Dessa forma, o que se passa nessa localidade é o que no fundo ocorre em toda nossa civilização.


feito pelo aluno: Bruno B. B. Dirk
nº:06
turma:2005

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