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sexta-feira, 15 de abril de 2011

1º romance(prosa)-Romanstismo.

A Prosa Romântica no Brasil inicia-se com a Moreninha em 1844, apesar de não ter sido o primeiro em publicação, mas sim em importância. O primeiro romance brasileiro foi O Filho do Pescador de Teixeira de Sousa (1843), mas ele não possui as linhas gerais dos romances românticos.

 Um grupo de estudantes de Medicina - formado por Augusto, Leopoldo, Fabrício e Felipe - resolve passar um fim de semana na ilha, onde mora o último deles. Como Augusto se dizia capaz de resistir a qualquer compromisso amoroso duradouro, Felipe aposta com ele que, se tiver amado a uma só mulher durante quinze dias ou mais, será obrigado a escrever um romance em que tal acontecimento confesse. Na ilha, pouco a pouco, Augusto se deixa prender pelos encantos de Carolina, A Moreninha, irmã de Felipe. Mas existe um juramento feito por Augusto a uma menina que conhecera aos 13 anos. Instaura-se assim o conflito, mas o amor a Carolina vence. A jovem da promessa era, porém, a própria Carolina, sendo assim o impasse resolve-se favoravelmente.


"...A primeira moça que amei era uma bela moreninha, de dezesseis anos de idade. Fiz-lhe a minha declaração na carta mais patética que um pateta poderia conceber: no fim de três dias recebi uma resposta abrasadora e cheia de protestos de gratidão e ternura; meu coração se entusiasmou com isso...Um dia tratamos de encontrar-nos em certa igreja, onde tinha de haver esplêndida festa; cheguei cedo, mas, logo depois da minha chegada, rebentou uma tempestade e choveu prodigiosamente....Saímos da igreja, embraçamo-nos e fomos....Minha tristeza, meu abatimento deu nos olhos da digna, jovial e espirituosa esposa de um de meus bons amigos. Ela me pediu que lhe confiasse as minhas penas e eu não pude deixar de relatar estes três fatos à consorte de um caro amigo.A única consolação que tive foi vê-la correr para o piano, e ouvi-la cantas as seguintes e outras quadrinhas musicadas no gosto nacional:

I
Menina solteira
Que almeja casar,
Não caia em amar
A homem algum;
Nem seja notável
Por sua esquivança,
Não tire a esperança
De amante nenhum.
II
Mereçam-lhes todos
Olhares ardentes;
Suspiros ferventes
Bem pode soltar:
Não negue a nenhum
Protestos de amor;
A qualquer que for
O pode jurar.
III
Os velhos não devem
Formar exceção,
Porquanto eles são
Um grande partido;
Que, em falta de moço
Que fortuna faça,
Nunca foi desgraça
Um velho marido.
IV
Ciúmes e zelos,
Amor e ternura,
Não será loucura
Fingida estudar;
Assim ganhar tudo
Moças se tem visto;
Serve muito isto
Antes de casar.
V
Contra os ardilosos
Oponha seu brio:
Tenha sangue-frio
Pra saber fugir;
Em todos os casos
Sempre deve estar
Pronta pra chorar,
Pronta pra rir.
VI
Pode bem a moça,
Assim praticando,
Dos homens zombando,
A vida passar;
Mas, se aparecer
Algum toleirão,
Sem mais reflexão,
É logo casar."


 Grupo: Graziele Campos nº 11
Josiane Magalhães nº 17
Thaís Albani nº 37

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