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sexta-feira, 15 de abril de 2011

José de Alencar

 Filho de um ilustre senador do império, José Martiniano de Alencar cursou advocacia, mas logo tornou-se político, jornalista e escritor. Foi nessa última atividade que obteve maior destaque para a posteridade. Considerado o maior romancista do Romantismo brasileiro, Alencar criou uma literatura nacionalista, empregando um vocabulário e uma sintaxe típicos do Brasil e evitando o estilo lusitano, que até então prevalecia na literatura aqui produzida.
Sua obra traça um perfil da cultura e dos costumes de sua época, bem como da História do Brasil, tendo como preocupação essencial a busca de uma identidade nacional, seja quando descreve a sociedade burguesa do Rio de Janeiro, seja quando se volta para os temas ligados ao índio ou ao sertanejo. Seus romances costumam ser classificados em quatro categorias: urbanos, históricos, indianistas, e regionalistas.
  
A obra urbana de Alencar segue o padrão do típico romance de folhetim, retratando a alta sociedade fluminense do Segundo reinado, com tramas que envolvem amor, segredos e suspense. Mas por trás da futilidade dos namoricos da Corte está a crítica à hipocrisia, à ambição e à desigualdade social.

José de Alencar também chega a analisar o caráter psicológico de suas personagens femininas, revelando seus conflitos interiores e antecipando as características da escola realista, que sucedeu o Romantismo. Seus romances urbanos são: Cinco minutos (1860), A viuvinha (1860), Lucíola (1862), Diva (1864), A pata da gazela (1870), Sonhos d'ouro (1872), Senhora (1875) e Encarnação (1877). Senhora é considerado o mais importante deste grupo.

Ele também buscou inspiração em nosso passado para escrever romances históricos, propondo uma nova interpretação literária para fatos marcantes da colonização, como a busca por ouro e as lutas pela expansão territorial. Seus enredos denotam em vários momentos um nacionalismo exaltado e o orgulho pela construção da pátria. Obras históricas: As Minas de prata (1865), Alfarrábios (1873), A guerra dos mascates (1873).
 
Ao lado da literatura, não se pode esquecer de que José de Alencar foi um político atuante, vindo a ser deputado provincial do Ceará e a ocupar o cargo de ministro da Justiça. Deixou a política após ter seu nome vetado pelo imperador D.Pedro para o cargo de senador. Deprimido e debilitado pela tuberculose, de que sofria desde a juventude, foi para a Europa para se tratar. Sem obter resultados, voltou ao Brasil em estado grave, morrendo pouco tempo depois, aos 48 anos.                                                                           
Grupo: Graziele Campos nº 11
Josiane Magalhães nº 17
                                                                                                                                      Thaís Albani nº 37 

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